terça-feira, 30 de junho de 2009

Firefox 3.5 - Shiretoko Shock

Shiretoko Shock é a campanha de lançamento do Firefox 3.5! Como não poderia deixar passar em branco - afinal também sou um entusiasta do Firefox -, aproveito para fazer minha parte na campanha! ;-)

Segundo o pessoal da Mozilla, organização que produz o navegador (browser), o objetivo da campanha é fazer um tsunami para o lançamento da nova versão do aplicativo para navegar na internet exatamente as 3:50 (o horário tem a ver com a versão do software 3.5 = 3:50). A Guerra dos Browsers vai continuar, pelo visto.

Dizem os desenvolvedores do Firefox 3.5 que o browser é duas vezes mais rápido que a versão anterior. Tenho minhas dúvidas sobre isso. Na verdade, nesse exato momento estou usando a versão beta4 do Firefox 3.5 e não notei tanta diferença assim. É claro que com a quantidade de plugins e abas que tenho abertas no momento (6 ao todo e 3 delas com sites que usam AJAX), talvez não sinta mesmo alguma diferença.

Bom, entre as principais features (funcionalidades) do browser estão:
  • Private browsing, isto é, navegação privativa. Em outras palavras, é uma forma de navegar pela internet sem que o seu percurso seja registrado no browser.
  • Location aware browsing que em português pode significar navegação sensível à localização. Traduzindo, o browser pode fornecer informações sobre o local - ponto geográfico - de onde você está acessando.
  • Suporte para HTML5, um novo padrão para a linguagem de hipertexto presente nas páginas da web - principalmente para áudio e vídeo.

Existem ainda outras funcionalidades que só interessam mesmo aos desenvolvedores mas que, acabam implicando em desempenho para os usuários finais.

É isso! Veja um vídeo com o resumo das funcionalidades (em inglês):

domingo, 28 de junho de 2009

Bibliometria x Cienciometria x Informetria -> Webometria

Indicadores de atividades científicas têm grande importância não só no meio acadêmico, mas também nos meios políticos e econômicos. Aliás, Robert K. Merton já havia definido as relações entre cientistas como um objeto de estudo da sociologia. Como tal, o reconhecimento de quem são os experts e quem são seus grupos é essencial para a manutenção do status quo.

Para reconhecer quem são os entes dominantes na Ciência, existem três linhas que pesquisam esses índices: Bibliometria, Cienciometria e Informetria.

Bibliometria
Segundo Tague-Sutcliffe, a bibliometria é o estudo dos aspectos quantitativos da produção, disseminação e uso da informação registrada. A Bibliometria, portanto, desenvolve padrões matemáticos para medir esses processos.

Os principais objetos observados pela bibliometria são livros, documentos, artigos e revistas, entre outros. O número de empréstimos, citações, referências, frequência de frases são os dados considerados através de rankings e distribuições.

Cienciometria
A Cienciometria por sua vez, ainda de acordo com Tague-Sutcliffe, é o estudo dos aspectos quantitativos da Ciência enquanto disciplina ou atividade econômica. A Cienciometria se sobrepõe à Bibliometria, visto que a primeira ajuda a estabelecer políticas científicas.

Os principais objetos são as disciplinas da Ciência, os assuntos, as áreas, os campos. Observa-se principalmente a forma como os cientistas se comunicam, através de periódicos, livros, eventos etc e onde os assuntos estão se concentrando.

Informetria
A Informetria também de acordo com Tague-Sutcliffe se ocupa da ocorrência de palavras, documentos, bases de dados etc. Nesse caso, a informetria mede a quantidade de recuperação de documentos, sua relevância (numéro de links para esse documento, por exemplo), a revocação etc. O principal objetivo da Informetria é a melhoria da eficiência na recuperação dos documentos.

Qual a relação com a Ciência da Computação?
É claro que para obter as informações que a Bibliometria, a Cienciometria e a Informetria precisam, é necessário conhecer técnicas de bancos de dados que possa contabilizar todas as informações. Mas muito mais do que isso, a Informetria depende de uma série de algoritmos que também são pesquisados pela Ciência da Computação.

O Google usa muitas dessas técnicas para rankear (classificar) as páginas mais relevantes. Uma delas, chamada Lei de Zipf, também conhecida como Lei do Mínimo Esforço, mede a frequência do aparecimento das palavras em vários textos e gera uma lista ordenada de termos.

Webometria
Com tantos avanços, não seria possível esquecer da maior fonte de pesquisas da atualidade: a Internet. Assim, segundo Björneborn and Ingwersen (2004), Webometria é o estudo de aspectos quantitativos da construção e uso de recursos, estruturas e tecnologias da Web. Nesse sentido, há uma confusão dos autores sobre o que é Web e o que é Internet. É claro que a segunda é mais ampla, pois incorpora a primeira.

Nesse caso ainda há muitas métricas a se desenvolver. Tudo indica que será um campo bem vasto para pesquisas e que vai aproximar mais ainda a Ciência da Computação da Ciência da Informação.

Bibliografia
TAGUE-SUTCLIFFE, J. An introduction to informetrics. Information Processing & Management, v. 28, n. 1, p. 1-3, 1992.

BJÖRNEBORN, L. e INGWERSEN, P. Toward a basic framework for webometrics. Journal of the American Society for Information Science and Technology 55 (14): 1216–1227.

domingo, 21 de junho de 2009

Bioinformática

Definições

A bioinformática é uma aplicação da tecnologia da informação na biologia molecular. A biologia molecular, por sua vez, se ocupa da compreensão da interação entre as moléculas de um sistema celular, incluindo as moléculas de DNA, RNA e a biosíntese de proteínas.


Entre as principais atividades da bioinformática estão o mapeamento e análise do DNA e sequências de proteínas; alinhar diferentes sequências de DNA e proteínas; compará-las; criar e visualizar modelos em três dimensões das estruturas protéicas. Para tanto, algumas técnicas computacionalmente intensiva são bastante aplicadas. Por exemplo: mineração de dados, algoritmos para aprendizado automático e técnicas de visualização.


Subáreas

Entre as subáras da bioinformática estão as seguintes:
  1. Alinhamento de sequências: estratégias de arranjos de sequências de DNA, RNA ou proteínas para identificar regiões de similaridade que podem ser consequências de relações funcionais, estruturais ou evolucionárias entre sequências.

  2. Sequenciamento de genoma (Genômica): processo de marcação de genes e outras características biológicas no DNA. No sequenciamento, tenta-se associar trechos de sequências de DNA a características biológicas.

  3. Proteômica: estudo das proteínas, em particular suas estruturas e funções. Nesse caso, a estrutura em três dimensões provê informações para o desenvolvimento de drogas para interferem na ação de proteínas.

A relação com a Computação

A relação de Biologia com Computação exige algoritmos bastante robustos e com alta complexidade. Há muita informação codificada em DNAs. Por isso, a busca e decodificação dessas informações exige muito tempo computacional. Nesse sentido, o desenvolvimento de algoritmos capazes de tratar grandes volumes de informação são o grande foco da bioinformática.

Existe uma grande lista de laboratórios que tratam desse tema no Brasil. Essa lista está disponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Laboratórios_de_Bioinformática_do_Brasil

Para mais informações sobre o assunto, veja o site http://www.comciencia.br/reportagens/bioinformatica/creditos.shtml